Vidas, palavras, ideias e coisas - de dias e de noites - em ambiente (geralmente) citadino

sábado, março 31

Reconciliações

Soundboy Rock, o novo álbum dos Groove Armada, sai em Maio.
Descontando o facilitismo do single de apresentação, "Get Down", ouçam-se, abaixo, a alegria de "The Things That We Could Share", a sensualidade de "Paris", ou a energia de "Love's Sweet Sound" para perceber porque acabou o meu "divórcio" com o som da banda. :-)



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sexta-feira, março 30

Monstros na despedida



Hoje e amanhã - os últimos dias para ver a peça "Monstros às Escuras", de Roland Dubillard, com Filipe Crawford e Rui Paulo.

«Combatendo o humor primário, infelizmente tão habitual nos nossos ecrãs de televisão e nas modas recentes dos “stand-up” comediantes feitos à pressão, os “Monstros às Escuras” [...] começam por dialogar num patamar em “O PAPA-ROSCAS”, fogem “DA CHUVA”, comentam o “SUICÍDIO DO JORGE”, andam à “PANCADA”, perdem-se “NO MAR”, vão dar a uma “ILHA DESERTA”, esperam pela “MARÉ ALTA” e terminam com “UMA VITÓRIA”. São ao todo oito novos Sketchs, reunidos em cerca de 80 minutos de espectáculo, que farão as delícias dos fãs do humor inteligente e da parelha de actores que já deu várias voltas a Portugal com o teatro de Dubillard.»

Comprove-se, pois, hoje e amanhã, às 21h30, no Teatro Armando Cortez, à Casa do Artista.

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quinta-feira, março 29

Postas as coisas assim...

... não há como ir até lá.
Este Sábado, o ESPAÇOKARNART abre as portas a todos os que nunca esqueceram e que têm vontade de reviver as vibrações da (sic) «década mais duradoura da História do Homem»
A afirmação é, sem dúvida, um exagero. Mas que a festa B-80s promete ser uma boa noite de regresso ao passado, isso promete!
Este Sábado, 31 de Março, a partir das 23h.



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Fat!So?



A revolução começa com uma pergunta muito simples: "sou gordo(a), sim. E então?"
Ter excesso de peso não é crime. Nem castigo. Tal como nada há de errado em ser grande ou pequeno, negro ou branco, homo ou hetero, atlético ou deficiente.
A obesidade mórbida é uma doença; a gordura a mais é uma chatice. Duas verdades, sim senhor. Mas não são factores que autorizem terceiros a usar a palavra gordo(a) como ofensa, desdém ou chacota.
No que me diz respeito, se a Primavera já tinha trazido outras coisas boas a nível de equilíbrio, trouxe também uma paz física renovada. Tenho 30 quilos que seria conveniente perder. E se conseguir continuar a ir andando até essa meta, tanto melhor, por uma questão de saúde.
Nunca por uma questão de ser mais adequado, nunca se o preço for sofrer ou subordinar a vida a essa luta, apenas porque seja "suposto". Ou porque emagrecer seja a solução mágica para os problemas de auto-estima.
Também por isso, não vou tolerar mais a palavra gordo(a), se a ouvir dirigida como insulto, a mim ou aos meus mais próximos. A resposta a devolver será, no mínimo, um "ó seu/sua filho(a) da puta, quem você pensa que é?"
Gordos e gordas do mundo, unite! Emagrecer sim, mas sem perder o bom da vida a pensar nisso. E não tendo a pena daquela nossa loja preferida não ter roupas que nos sirvam (se não tiverem o nosso número, deixam de ganhar o dinheiro que poderiam fazer com as nossas compras). E claro, sem tolerar, por um segundo que seja, a merda do preconceito alheio ou os estigmas da intolerância.
Parte da causa, para ver aqui, em Fat!So?

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quarta-feira, março 28

R.I.P.

terça-feira, março 27

O Coisa, o Tocha e o Casal


A Mulher Invisível e o Homem Elástico vão de licença sabática, assim a modos que como os Madredeus, para tentar resolver os problemas do casamento. E o Quarteto Fantástico volta, por isso, a precisar de substitutos. Tempestade e Pantera Negra, recém-casados e (ainda?) sem problemas, ocupam temporariamente o espaço vago. No mínimo, curioso, para quem gosta e acompanha o mundo dos comics da Marvel.

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domingo, março 25

Roubos


A Primavera perde muito da sua piada quando nos roubam assim, durante a noite, de forma tão descarada... uma hora inteirinha de sono!!!

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sábado, março 24

Perfis

Chama-se Imagini e permite um exercício bem arejado e interessante de "definição de personalidade". Fica a sugestão: espreitem o meu e façam o vosso.



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sexta-feira, março 23

Lisboa Alternativa


A Feira LISBOA ALTERNATIVA 2007 está de volta, depois do êxito da edição do ano passado, pela mão dessa fantástica profissional e ser humano que dá pelo nome de Fátima Batista.
Agora, a organização conta com 250 stands e espera 20 mil visitantes, para contacto com áreas como alimentação, ecologia, medicinas e terapias alternativas e desenvolvimento pessoal; e também palestras, wokshops, aulas e exibições.
O certame começa hoje e estende-se até Domingo, dia 25 de Março, na Cordoaria Nacional, a Belém, em Lisboa.
Mais informações aqui.

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quinta-feira, março 22

Ideias Douradas


"Porque que nos apaixonamos pelas pessoas erradas?"
Que levante a mão, o/a primeiro/a que possa admitir, honestamente, nunca ter feito esta pergunta. Quanto mais não seja, para os seus botões.
No próximo dia 30, pelas 21h30, a famigerada dúvida irá ter respostas (ou, pelo menos, pistas) no Teatro A Barraca, em Santos. Uma conferência da psicóloga Ana Cardoso de Oliveira, com bilhetes ao preço de 7,50 €.
Muito pouco, considerando o tempo de vida e o desgaste que a iniciativa possa fazer poupar, em sofrimentos ou inseguranças. Quanto mais não seja, lá que o tema é sempre divertido de analisar "a frio", isso é.
Bilhetes à venda no próprio dia, no teatro; ou com reserva, através dos números 91 642 8911 ou 21 812 2692.
Uma iniciativa da Associação Lavoisier.

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quarta-feira, março 21

Dia Mundial da Poesia



- Como passa, Senhor Contente?
- Como está, Senhor Feliz?
- Diga à gente, diga à gente, como vai este país...

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terça-feira, março 20

Primaveril


Com a Primavera a minutos de meter a cabecinha de fora, à espreita do que há-de vir, o toca-discos debita, por aqui, as "Love Songs" dos Carpenters. Se são pirosos? Racionalmente, parece-me que sim.
Mas tudo isso se esquece quando se ouve o poder subtil da voz doce de Karen Carpenter, elevada pelas composições soberbas e arranjos exímios do irmão Richard.
Não por acaso, ao longo das décadas de 1970 e 1980, os Carpenters arrebataram tudo quanto era top 10. E 20 anos depois do fim prematuro, continuam a vender discos como pãezinhos quentes, além de mencionados como influência de peso nas carreiras de super-estrelas da Pop, do Rock e até do (!!!) Heavy Metal ou da Techno.
A música para fazer sonhar, na verdade, nunca passa de moda. Mais ainda, quando é feita com o coração. À boleia dos Carpenters, a minha Primavera vai começar, pois, da melhor forma possível.

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sábado, março 17

De Pequenina...


A palavra "Skank" é, no mundo da anglofonia, uma das mais deliciosas, porque tem alma, brilho e vida própria. Pega onde acaba a promiscuidade sexual do/a "Slut" e junta-lhe uns extras de falta de gosto pessoal, comportamento social discutível e baixa formação académica.
Em Portugal, uma "Skank" poderia ser uma lambisgóia, uma serigaita, uma vaca, uma porca ou uma badalhoca, por exemplo. Tudo coisas que - sendo verdade - cortam, infelizmente, a verdadeira e profunda aura da "homónima" inglesa. As palavras sinónimas da nossa língua ofendem e adjectivam, enquanto "Skank" apenas ironiza e substantiva.
Talvez porque as matérias-primas de um lado e de outro também ajudam. Se pensarmos na Christina Aguillera e na Pink de há uns anos atrás (ou na Britney Spears de agora), são cantoras que assumem e cultivam a imagem de verdadeiras "Skanks". Já por cá, uma Ana Malhoa, por exemplo, será sempre apenas uma ou várias das palavras portuguesas elencadas no parágrafo anterior.
Ser ou não ser "Skank", no entanto, em qualquer parte do mundo, é uma atitude que obriga a um bom par de tomates. E quando se torna assumido, a partir da idade em que se já se é 'mulher', até pode divertir.
Bem diferentes são as coisas com as criançinhas. Uma menina será sempre uma menina. E só se torna numa badalhoca como Maria Isabel quando é vítima da ganância e falta de escrúpulos dos paizinhos, aplicada à voragem do público. Depois, queixam-se que há pedófilos...
Nos EUA, onde é cada vez mais corrente ver mães e pais a vestir e pintar as suas filhas pré-adolescentes de maneiras que envergonhariam Mae West nos dias de maior aleivosidade, a cronista Celia Riverbark pegou no tema e escreveu um hilariante livro, mordaz q.b., para puxar orelhas.
Procure-se online, nomeadamente na Amazon.

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sexta-feira, março 16

Pele de Galinha


Cinco memórias de arrepiar a alma, em teledisco, para celebrar o Sol, o fim-de-semana, as boas recordações e a entrada da 4AD na barra lateral direita.

Lisa Gerrard - Sanvean

This Mortal Coil - Song to The Siren

Cocteau Twins - Bluebeard

Cocteau Twins - Evangeline

Dead Can Dance - Yulunga

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terça-feira, março 13

Meeting Point


Assim como se fosse um género de sala de estar como a que temos em casa.
Chama-se Meeting Point e fica na Rua do Século, em Lisboa.
A ideia deste micro-espaço cultural partiu dos coreógrafos Bruno Cochat, Félix Lozano e Marta Silva; e do actor Ruben Garcia.
Os sócios pretendem que o bar seja não só o seu espaço de apresentação mas também um local de discussão e apresentação de outras propostas e conversas.
Nas mesas, jornais, jogos e cartas. Para vir à boca, quiches, sopa, tostas especiais e nógados. Chá e café para fazer descer.

Meeting Point R. do Século, 166, Lisboa 91 404 3819
Dom-Qui 12h-24h Sex-Sáb 12h-3h
Não tem Visa nem Multibanco

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segunda-feira, março 12

E lá vai mais uma....


"Dança Comigo", com interpretação de Sabrina, música de Emanuel e letra de Emanuel + Tó Maria Vinhas, ganhou o Festival RTP da Canção 2007.
O televoto legitimou a escolha popular e o país vai, assim, ser representado no Eurofestival por um exemplo desgraçado de pastilha elástica pimba, igual a mil modinhas de charanga na feira que já ouvimos, com todas as fórmulas gastas arrefinfadas em três minutos de coisa confrangedora, defendida por uma voz sofrível, a penar para chegar aos agudos.

E posso/devo criticar mais o que ouvi? Não, nem por sombras. Pela simples razão de que sou 100% culpado por esta escolha. Eu e mais todos aqueles que desejariam uma canção digna para ir lá fora, com a nossa bandeira.
Na verdade, esta coisa vai à Eurovisão porque milhares daqueles que defendem a música portuguesa de qualidade - onde me incluo - não se deram ao trabalho e à "chatice" de usar os telefones e telemóveis todos que tivessem à mão, para votar numa ou duas outras hipóteses concorrentes bem mais merecedoras da vitória, embora o panorama geral fosse... enfim... vou ali e já venho.
Como historicamente tem acontecido com as ditaduras (que apenas singram pela omissão comodista daqueles que teriam condições para matar o horror à nascença), as musiquetas só se ouvem por cima da boa música por culpa de quem prefere a altivez de desdenhar o hamburger que lhe servem, ao invés de sujar as mãos e trabalhar para provar o bife do lombo que lhe apetece.
Dito isto, era muito bom que "Dança Comigo" ficasse num excelente lugar da classificação do Eurofestival. Os criadores e a vocalista teriam a alegria de um prémio adicional no currículo - e mais um impulso às vendas.
Os outros, os que se demitiram de contribuir para escolher outra canção, merecem essa estalada nas trombas. E não teremos, por isso, qualquer legitimidade para reclamar daquilo que permitimos. Eu pelo menos, mea culpa, não terei.

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domingo, março 11

Veja-se ao Lado


Cinco novas adições para conferir, na barra lateral de links.
Em Webismos, a soberba magia das ideias Atypyk, os surpreendentes relógios virtuais da Relatime, a interactividade genial de Yugop e um supreendente mundo de códigos de barras, em Barcodeart.
Em Bloguices, mais pistas para noites fora de portas, com Boa Noite Lisboa, de onde sai, aliás, a imagem que ilustra este post.

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sábado, março 10

O Bronx em Lisboa


Auto-exilado do Bairro Alto há mais de um ano, por questões fundamentalmente estéticas (não consigo dar-me bem entre hordas indecisas de marginais, fashion-victims e pseudos de espécies diversas), anui a voltar lá esta noite, pelo prazer de poder rever uma amiga "de visita à cidade", num dos sítios que foi "nosso", nos tempos da faculdade: o Bartis.
Lá chegados pela meia-noite, a boa conversa e o ambiente tão familiar embalaram-nos até às 4 da manhã, sem darmos por ela. À saída, aquilo que vimos era dantesco: o pavimento coberto de cacos, copos de plástico amassados e poças de vómito. Um grupo de mitras passou a fazer arruaça. Ao virar da esquina, meia dúzia de ascos batatavam-se a soco e estavam já na fase de partir garrafas contra a parede e usá-las como armas. Cresciam gritos e urros.
Apressadamente, corremos em zigue-zague as ruas que nos separavam da Rua do Alecrim, onde mais dois cromos se agrediam a soco. Rua abaixo, o passeio estava banhado em filas de sangue fresco.
E a pergunta ficava-nos na boca: «meu deus, mas como é que não está aqui polícia? Onde é que eles estão?»
Eles estavam, afinal, mais abaixo. Na Praça do Duque da Terceira, ao Cais do Sodré. A dar caça ao álcool e à gulosa multa, enquanto no Bairro havia sangue e gente que se esfolava viva. Quatro carros e oito agentes, alegremente em "operação stop" enquanto, metros acima, havia um autêntico Bronx em Lisboa.
Depois queixam-se de cada vez serem menos respeitados pelos cidadãos. No que me diz respeito, aqui fica o meu enorme respeitinho por aquilo que vi, nesta noite, do trabalho da PSP: dêem-nos segurança, pá! Não nos dêem multas! Filhos da p***!!!

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quinta-feira, março 8

80's are back... E alguma vez foram embora?


"Acceptable in the 80's" sai já para a semana e é o primeiro single formal de antecipação para o álbum de estreia do britânico Calvin Harris, "I Created Disco". O disco, atente-se, foi feito no quarto, com um velhíssimo e arcaico computador Amiga...
O jovem de 23 anos tornou-se conhecido muito recentemente, após rumores de que Kylie Minogue o teria escolhido para produtor do seu álbum de comeback, depois de uma bem sucedida luta contra o cancro.
Sabe-se agora que Calvin Harris apenas assinará um tema do alinhamento do novo disco da megastar australiana. Mas o trampolim está criado; e as constalações alinham-se para ver nascer um novo e jovem fenómeno do género Electro, ou Nu-Disco, ou o que quiserem (começa a não haver memória e pachorra capazes de registar tanto sub-rótulo...).
Seja como for, a verdade é que a tão injustamente criticada e massacrada música Pop trolaró dos anos 80 continua a dar cartas, 20 anos depois, para desespero de alguns "iluminados" da crítica.
Confirme-se aqui e também aqui.

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quarta-feira, março 7

R.I.P.


Salvou incontáveis vidas, países e planetas. Foi bandeira americana durante décadas e campeão da liberdade e dos direitos fundamentais. Tanto... que se envolveu na liderança de um grupo rebelde, quando o seu governo decidiu obrigar (se preciso, pela força bruta...) todos os "supers" a revelar a sua identidade secreta e a trabalhar ao serviço do Estado.
Prestes a vencer, pela força, a "Civil War" da Marvel, acabando de derrotar o líder das forças governamentais, o Capitão América decidiu render-se, no último instante, para evitar mais mortes. O símbolo dos EUA sacrificou assim as suas posições e a vantagem física das suas tropas à confiança na lei e nos tribunais. Acabou assassinado, hoje, por um atirador furtivo, à entrada para o seu julgamento.
Quem diria, há 20 anos atrás, que o mundo dos comic books se tornaria tão "sério" e politizado?

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segunda-feira, março 5

Diferenças



Nem que seja apenas um pequeno pormenor, vale a pena cultivar aquilo que nos distingue do rebanho.

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domingo, março 4

As Quatro Letras


FUCK, ou uma deliciosa aventura cinematográfica em formato documentário, made in USA, sobre os terrenos e limites da liberdade de expressão.
Para conhecer melhor aqui.

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sexta-feira, março 2

Are We?





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quinta-feira, março 1

Inimigas a Abater



Lembro-me de ter-lhe achado piada. Era grande e gorda, da variedade americana, escurinha. Tão grande e gorda que levava as asas semi-abertas e balouçava-se em vez de correr. Ainda bem, porque facilitou o trabalho de se lhe meter um pé em cima...
Felizmente, faz um ano que estou em casa nova, onde não tenho estas visitas. Ao João, acabadinho de mudar para uma casa onde vi, na minha primeira visita, a supra-referida amiga grande e gorda, o meu abraço solidário. Até porque, ao que consta, houve milhares de colegas da defunta que decidiram aparecer para fazer-lhe o funeral. Be afraid... Be very afraid!

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"Remember, remember, the fifth of November..."