Vidas, palavras, ideias e coisas - de dias e de noites - em ambiente (geralmente) citadino

segunda-feira, junho 18

É Tão Bom, Não Foi?


É quase comovente ver a procissão consensual de velas em que a suposta "nata" pensadeira cá do burgo anda envolvida, a propósito do mais recente trabalho de Philip Roth, «Deception». O escritor é, de pleno direito, um farol da literatura contemporânea, mas esta obra em concreto é menor, desarticulada e ressabiada, não lhe faltando sequer um renovado (e muito discutível) espírito de vingança contra as palavras pouco abonatórias da sua anterior companheira, Claire Bloom.
Tamanho alarido incensório por «Deception» só se justifica pela autofagia da blogosfera nacional, na qual muitos são os que cada vez mais se copiam e que vibram, nos intervalos, com o pseudo-chic da transcrição para posts, sem motivo aparente, de excertos das obras literárias "da moda". Fica sempre bem e é o tipo de copy/paste que dá ainda menos trabalho que montar um link para o YouTube, ou - Deus nos livre - escrever um texto de raiz.
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"Remember, remember, the fifth of November..."