Vidas, palavras, ideias e coisas - de dias e de noites - em ambiente (geralmente) citadino

quinta-feira, março 29

Fat!So?



A revolução começa com uma pergunta muito simples: "sou gordo(a), sim. E então?"
Ter excesso de peso não é crime. Nem castigo. Tal como nada há de errado em ser grande ou pequeno, negro ou branco, homo ou hetero, atlético ou deficiente.
A obesidade mórbida é uma doença; a gordura a mais é uma chatice. Duas verdades, sim senhor. Mas não são factores que autorizem terceiros a usar a palavra gordo(a) como ofensa, desdém ou chacota.
No que me diz respeito, se a Primavera já tinha trazido outras coisas boas a nível de equilíbrio, trouxe também uma paz física renovada. Tenho 30 quilos que seria conveniente perder. E se conseguir continuar a ir andando até essa meta, tanto melhor, por uma questão de saúde.
Nunca por uma questão de ser mais adequado, nunca se o preço for sofrer ou subordinar a vida a essa luta, apenas porque seja "suposto". Ou porque emagrecer seja a solução mágica para os problemas de auto-estima.
Também por isso, não vou tolerar mais a palavra gordo(a), se a ouvir dirigida como insulto, a mim ou aos meus mais próximos. A resposta a devolver será, no mínimo, um "ó seu/sua filho(a) da puta, quem você pensa que é?"
Gordos e gordas do mundo, unite! Emagrecer sim, mas sem perder o bom da vida a pensar nisso. E não tendo a pena daquela nossa loja preferida não ter roupas que nos sirvam (se não tiverem o nosso número, deixam de ganhar o dinheiro que poderiam fazer com as nossas compras). E claro, sem tolerar, por um segundo que seja, a merda do preconceito alheio ou os estigmas da intolerância.
Parte da causa, para ver aqui, em Fat!So?

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