"Baraka", um dos mais impressionantes documentários sem argumento dos tempos modernos, chegou-me finalmente às mãos, num mui desejado DVD. Curiosamente, depois de anos a procurá-lo, acabo por tê-lo oferecido justamente no ano em Ron Fricke, o seu realizador, se prepara para estrear a sequela, “Samsara”. São boas coincidências.
"Baraka" faz parte de uma cada vez mais extensa família de filmes com imagens e música à procura do mundo, em mosaicos de paisagens naturais, cenários humanos, culturas desaparecidas ou em extinção, animais inseridos em habitat natural, manifestações religiosas e etnografia, apenas para citar algumas pistas.
Neste caso, a lente da obra percorreu 152 localizações em 24 países, estreando finalmente, em 1992, no inovador formato 70mm Todd-AO. A banda sonora, um colírio para qualquer alma mais sofrida ou empedernida, foi concebida por Michael Sterns, com participações de, entre outros, os Brother e os Dead Can Dance.
96 minutos de prazer visual e auditivo em estado puro, obviamente recomendadíssimos! E no que toca à parte das imagens "civilizacionais", vê-se bem, infelizmente, como continua insuportavelmente grande e doloroso o abismo entre ricos e pobres...
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