Gosto muito de Kylie Minogue. Tapada, descapotável, calada, a cantar, na fase pirosa, na fase elegante. Sempre gostei. O que não gosto é dos seus assessores, ou das suas "fontes próximas", que vieram afirmar que a super-estrela australiana está a ponderar retirar-se da música já no próximo ano, para «dedicar-se ao que considera realmente importante».
Ora, 'a mim me parece' que a cantora - e mais seja quem for do mundo do espectáculo - pode escolher livremente, sem dramas nem constrangimentos, a altura de 'sair'. O que não deve é ter gente a falar por si, indiciando que a carreira não foi/é "realmente importante".
Se Kylie Minogue (e todas as estrelas que escolhem a reforma antecipada) pode retirar-se descansadinha da vida, para tratar da sua saúde, dos seus pedaços e da sua família, isso só acontece porque milhões de fãs, por todo o mundo, passaram anos a fio a comprar-lhe os CDs, os DVDs, as roupas, os perfumes, o merchandising e os bilhetes dos concertos.
Foram os fãs que a tornaram milionária, com dinheiro mais que suficiente para ter um resto de vida descansado. E - já agora - para pagar a profissionais da imagem e das relações públicas que não lhe desconsiderem os fãs - os mesmos, afinal, que transformaram Kylie Minogue numa artista "realmente importante".
aa
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