Concluído o seu ano sabático de glória fácil à frente da presidência da União Europeia, José Sócrates tem agora a ingrata tarefa de voltar a comandar os destinos da ridiculamente auto-proclamada "West Coast of Europe", voltando a sujeitar-se ao escrutínio diário, ao enfado maior de ter de prestar contas, responder a perguntas nacionais e assistir a manifestações em crescendo de um povo endividado, desempregado e frustrado, quase para lá de alívios e em rota acelerada a caminho do desespero.
Depois de meses a fio de ilusões de grandeza europeia, durante os quais o país real ajoelhou ainda mais, o regresso à liderança diária do Portugal dos pequeninos é, só por si, um bom castigo. Em 2007, o pântano nacional alargou, estagnou e ficou ainda mais fétido. As melgas e mosquitos vão, por isso, picar como nunca o governo e o seu líder. Não mata, mas mói. E ainda bem.
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