Da mesma fonte bem informada, chega-me agora outra notícia fresca da justiça e justeza da máquina fiscal: uma cidadã sénior reformada, com 70% de perda de visão oportunamente atestada por médicos portugueses e internacionais, deslocou-se lá fora com a promessa de ver qualquer coisita após a operação, o que acabou por acontecer após três cirurgias violentas de mais de 12 horas e pós-operatórios agonizantes...
Ainda assim, as operações correram bem, as dores acabaram por passar, a senhora voltou a ver qualquer coisa e acabou, em parte, por ser subsidiada pela segurança social em relação às despesas internacionais a que fez face. Foram-lhe também dados benefícios fiscais correspondentes a um cenário de invalidez parcial que a obrigou a uma reforma antecipada. Agora, com a idade bem avançadinha, recebeu uma carta da máquina fiscal portuguesa a duvidar dessa invalidez, sendo-lhe anunciada a necessidade de sujeitar-se a uma junta médica e veladamente ameaçada, desde já, de ter de devolver as "benesses" fiscais conseguidas, se se provar que a sua invalidez não é assim tão inválida.
A mim, quando tomo contacto com estas histórias, apetece-me meter uma barra de dinamite com pavio aceso pela goela abaixo de certas pessoas. E continuo a pensar, recorrentemente, na necessidade de um período de anarquia a passar por esta chafarica, como instrumento para limpar os saprófitas da democracia vigente. Mas deve ser problema meu, este inconformismo e esta "sociopatia". Portugal é um país onde não faltam justeza nem justiça.
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