(Sexta-feira à noite. No hall de entrada de uma casa qualquer)
A: Vamos ter de acabar isto.
B: Acabar?!? Porquê???
A: Não me sinto capaz de erguer da miséria em que me arrasto todos os dias; nem tenho forças para a continuar a esconder das pessoas a quem amo. É como se as luzes ao fundo do túnel se tivessem apagado de vez. Acho que vale a pena fazer-lhes justiça e substituir as metáforas por acontecimentos reais. Mesmo.
B: Outra vez a conversa do "chegou o fim" e renhaunhau?
A: Sim...
B: Estou a um passo de sair porta fora! Já não suporto esta tua lamechice diária!!!
A: Acho que fazes bem. Nem esperava que viesses cá, tinha-te pedido que não aparecesses hoje...
B: Quando quiseres enfrentar a vida, se quiseres de facto enfrentar a vida, liga-me! Até lá, mantém distância! E vê se deixas de beber, já mal te tens de pé, que vergonha!!!
(B abandona a cena, batendo a porta. A "fala com os seus botões")
A: Graças a Deus foi-se embora... Finalmente posso deitar-me e deixar de combater o efeito dos comprimidos... Agora só me descobrem na segunda-feira...
(A sai de cena)
É verdade que nem sempre estás a fazer teatro.
E é bem verdade que até pode mesmo apetecer.
Mas a verdade maior é só uma: o palco da vida não é o mesmo sem ti.
Não saias de cena antes do tempo!SOS VOZ AMIGA
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